Frederico de Holanda (n. Recife, 1944). Arquiteto (UFPE, 1966). PhD em Arquitetura (Universidade de Londres, 1997). Professor Titular aposentado, Pesquisador Colaborador Sênior e Professor Emérito da Universidade de Brasília, onde ministra desde 1972. Livros: O Espaço de Exceção (2002, baseado na tese de doutorado homônima, Prêmio ANPUR Tese, 1998; 2018 [e-book público]); Exceptional space (2011 [e-book público]); Arquitetura & Urbanidade (org.) (2003, 2011); Brasília – cidade moderna, cidade eterna (2010, Prêmio ANPARQ Livro); Oscar Niemeyer: de vidro e concreto / Of glass and concrete (2011, edição bilingue português-inglês); Ordem e desordem: arquitetura e vida social (org.) (2012); 10 mandamentos da arquitetura (2013, 2015); Construtores de mim (2019). Fundou uma editora (FRBH), que já conta com dez títulos publicados de arquitetura e de literatura, de autores da UnB e de colegas de outras IFES. Dedica-se à realização de filmes sobre arquitetura e cultura – da coleção, constam 131 títulos disponíveis na rede mundial de computadores. Investiga relações entre configuração edilícia e urbana, uso dos espaços pelas categorias sociais (classes, gêneros, gerações), segregação socioespacial. Coordena o grupo de pesquisa “Dimensões Morfológicas do Processo de Urbanização” (CNPq). Pesquisador Sênior (CNPq).

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Frederico de Holanda (n. 1944, Recife, Brasil). Arquiteto (UFPE, 1966). PhD em Arquitetura (Universidade de Londres, 1997). Trabalhou na Companhia Hidroelétrica da Boa Esperança (Maranhão, 1967-1969), e no Escritório Wit-Olaf Prochnik (Rio de Janeiro, 1969-1971). Professor Titular aposentado, Pesquisador Colaborador Sênior e Professor Emérito da Universidade de Brasília, onde ministra desde 1972. Individualmente ou em equipe, realizou projetos edilícios e urbanos, por exemplo: projeto de urbanismo da Superquadra Norte 109, Brasília, DF, 1985 (em implantação); projeto de sua residência de férias em Canaan, Trairi, CE, 1989 (construída); projeto de sua residência, Sobradinho, DF, 1999 (Menção Honrosa na III Bienal de Arquitetura de Brasília, 2001, construída); proposta para o Concurso Público Nacional de Ideias e de Estudos Preliminares de Arquitetura e Urbanismo para Revitalização das Avenidas W-3 Sul e Norte, em Brasília, DF, 2003 (classificada em 3º lugar); Estudo Preliminar para o Museu de Ciência e Tecnologia na Universidade de Brasília, Brasília, 2007 (Menção Honrosa em concurso interno entre professores da Universidade de Brasília); Plano Diretor do Campus de Planaltina, Universidade de Brasília, DF, 2008 (em implantação). Credita sua formação principalmente a três grandes mestres: Delfim Amorim (UFPE), pela linguagem arquitetônica apreendida na prancheta; Evaldo Coutinho (UFPE) e Bill Hillier (Universidade de Londres, orientador de sua tese de doutorado – O Espaço de Exceção), pela riqueza com que colocam o espaço no centro da reflexão arquitetônica. Investiga relações entre configuração da arquitetura e uso dos espaços pelas categorias sociais (classes, gêneros, gerações), nas edificações e na cidade. Orientou 9 bolsistas de Iniciação Científica, 32 mestres e 18 doutores. Recebeu os prêmios: 1) “Prêmio Brasileiro Política e Planejamento Urbano e Regional” (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional – ANPUR) na Categoria Tese de Doutorado (1998); 2) “Destaque em Pesquisa” conferido pela Universidade de Brasília, como melhor pesquisador do ano da instituição na área de Humanidades (2007). Em 2010 fundou uma editora, que publica títulos de arquitetura e cultura (FRBH). Publicou os livros: O Espaço de Exceção, baseado em sua tese de doutorado (Edunb, 2002; FRBH, 2018 [e-book público]); Arquitetura e Urbanidade (org., ProEditores Associados Ltda, 2003; 2ª Edição, FRBH, 2011); Brasília: cidade moderna, cidade eterna (FAU/UnB, 2010), pelo qual recebeu o prêmio ANPARQ 2010 (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo) na categoria Livro Texto Integral – Menção Honrosa; o bilíngue Oscar Niemeyer: de vidro e concreto / of glass and concrete (FRBH, 2011); o e-book público Exceptional Space (em inglês), baseado em sua tese de doutorado (FRBH, 2011); Ordem e desordem: arquitetura e vida social (org., FRBH, 2012); 10 Mandamentos da Arquitetura (FRBH, 2013, 2ª Edição 2015); Construtores de Mim (FRBH, 2019). Além dos livros, publicou 50 artigos em periódicos especializados, 43 capítulos de livros, e 102 textos completos em anais de eventos científicos. Coordena o Grupo de Pesquisa “Dimensões Morfológicas do Processo de Urbanização”, Diretório de Grupos de Pesquisa no Brasil (CNPq). Membro do Comitê de Ciências Sociais Aplicadas, subárea de Arquitetura e Urbanismo (CNPq), de julho de 2007 a junho de 2010. Membro de comitês científicos e conselhos editoriais no Brasil e no exterior. Consultor de agências de fomento (p. ex. CAPES e CNPq). Pesquisador Sênior do CNPq. Casado com Rosa de Lima Cunha, tem dois filhos – Joana e Pedro – e duas netas – Irene e Carolina.

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TEXTOS

HOLANDA, Frederico de. Celebração e vandalismo. A posse de Lula e a invasão dos palácios dos três poderes. Minha Cidade, São Paulo, ano 23, n. 270.01, Vitruvius, jan. 2023.

HOLANDA, Frederico de. O que é moderno e o que é eterno em Brasília? Correio Braziliense, 21 jun. 2022.

HOLANDA, Frederico de. O verdadeiro, o bom e o belo. Revista de Morfologia Urbana, jul. 2022, v. 10, n. 2, Rede Lusófona de Morfologia Urbana, Porto, 2022.

HOLANDA, Frederico de. Inclusão e exclusão em Brasília. Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, vol. 12, Curitiba, 17 abr. 2020.

HOLANDA, Frederico de. Rótulos. Ah! os rótulos… Revista de Morfologia Urbana, vol. 7(2), 2019.

HOLANDA, Frederico de. Hard and soft revisited. Area Development and Policy, v. 1, p. 1-27, 2019.

HOLANDA, Frederico de. Arquitetura e sociedade como artefatos In: Diferentes abordagens em morfologia urbana.1 ed. Porto: Universidade do Porto, 2018, p. 67-83.

HOLANDA, Frederico de. Inserting urbanity in a modern environment. In: OLIVEIRA, Vítor. Teaching urban morphology.1 ed. Cambridge: Springer, 2018, p. 185-203.

HOLANDA, Frederico de. Urban fissures. Journal of Space Syntax, London, v. 7, n. 2, out. 2017.

HOLANDA, Frederico de. De macarronadas e escondidinhos. Correio Braziliense, Brasília, 1 nov. 2017. Caderno 1, p. 13.

HOLANDA, Frederico de. Brasília: utopia ou segregação à brasileira? Le Monde Diplomatique Brasil – Copyleft, São Paulo, 26 abr. 2016.

HOLANDA, Frederico de; MEDEIROS, Valério; RIBEIRO, Rômulo; MOURA, Andréa. Brasília: fragmented metropolis. In: INTERNATIONAL SPACE SYNTAX SYMPOSIUM, 10., 2015, Londres. Proceedings… Londres: The Bartlett Space Syntax Laboratory, 2015.

HOLANDA, Frederico de; MEDEIROS, Valério; RIBEIRO, Rômulo; MOURA, Andréa. A configuração da área metropolitana de Brasília. In: RIBEIRO, Rômulo; TENORIO, Gabriela; HOLANDA, Frederico de. Brasília: transformações na ordem urbana. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2015, p. 64-97.

Entrevista de Frederico de Holanda a Cristiano Felipe Borba do Nascimento, para a revista COLETIVA (Fundação Joaquim Nabuco), n. 11, mai/jun/jul/ago 2013, sobre o último livro organizado (Ordem & desordem: arquitetura e vida social), cidades brasileiras hoje, e temas correlatos.

HOLANDA, Frederico de. Sagrado e profano. Correio Braziliense, Brasília, 17 jun. 2013, Caderno 1, p. 11.

HOLANDA, Frederico de. O mundo das miudezas. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO, 2., 2012, Natal. Anais… Natal: ENANPARQ, 2012. 1 CD-ROM.

HOLANDA, Frederico de. Paradoxos do tombamento. Correio Braziliense, Brasília, 25 mar. 2012. Caderno 1, p.21.

HOLANDA, Frederico de. O rei está nu! Correio Braziliense, Brasília, 6 dez. 2011. Caderno 1, p.15.

HOLANDA, Frederico de. É a luta de classes, estúpido! Anais do XIV Encontro Nacional da ANPUR. RIO DE JANEIRO: ANPUR, 2011.

HOLANDA, Frederico de, GOMES, Viridiana. “Urbanidade ambiental”. Anais do I ENANPARQ (CD-ROM). Rio de Janeiro: PROURB, 2010. (ISBN: 9788588027213).

HOLANDA, Frederico de. “Urbanidade: arquitetônica e social”. Anais do I ENANPARQ (CD-ROM). Rio de Janeiro: PROURB, 2010. (ISBN: 9788588027213).

TENORIO, Gabriela, HOLANDA, Frederico de. “Brasília: Monumental y secular”. X Congreso Internacional de Rehabilitación del Patrimonio Arquitectónico y Edificación – Anais em CD-ROM. Santiago, Chile, 3, 4 y 5 De Noviembre de 2010. (ISBN: 9789569006005).

HOLANDA, Frederico de, TENORIO, Gabriela. “Brasilia: informalidad en los intersticios del orden dominante”. X Congreso Internacional de Rehabilitación del Patrimonio Arquitectónico y Edificación – Anais em CD-ROM. Santiago, Chile, 3, 4 y 5 De Noviembre de 2010. (ISBN: 9789569006005).

HOLANDA, Frederico de. “Exumar cadáveres”. Correio Braziliense, 9 de março de 2010, p. 19, Brasília.

HOLANDA, Frederico de. “Belo e ordenado”: para quem, cara-pálida? IV PROJETAR 2009 – Projeto como investigação: antologia (CD-ROM). São Paulo: Editora Alter Market, 2009.

HOLANDA, Frederico de. “A praça do espanto” MDC, periódico eletrônico, publicado em 20/01/2009.

HOLANDA, Frederico de. “Arquitetura sociológica”. Revista brasileira de estudos urbanos e regionais, vol. 9, n.1, p. 115-129. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, 2007.

HOLANDA, Frederico de. “A praga do infinito e a ressurreição do lugar”. In: DUARTE, Cristiane R. et alli. O lugar do projeto no ensino e na pesquisa em arquitetura e urbanismo. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2007, p. 241-254.

HOLANDA, Frederico de. “Na contramão do apartaide”. Oculum Ensaios (PUCCAMP), v.6, p.04-16, 2006.

HOLANDA, Frederico de. Afetos da arquitetura. Brasília: s.n., 2004.

ORIENTAÇÕES

KRONENBERGER, Bruna da Cunha. Se encontraram, então, no Parque da Cidade. O capital arquitetônico e sua distribuição no espaço público. 2023. 428 p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2023.

JORDÃO, Larissa Caroline Silva. Muros, cercas e guaritas: enclaves urbanos em São Carlos. 2021. 225 p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) — Universidade de Brasília, Brasília, 2021.

OCARANZA PACHECO, Matías Enrique. *Gentrificação em Brasília. *Transformações urbanas na produção do espaço metropolitano. 2020. 330 p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2020.

BITTENCOURT, Samantha Nahon. DATA VENIA – Por uma outra arquitetura para a justiça brasileira. 2018. 209p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, 2018.

MOURA, Andréa Mendonça de. Planejamento urbano de planejamento de transporte: uma relação desconexa?. 392p. 2017. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

FERRAZ, Flávio Rodrigues. Desenho urbano e ocorrências criminais. O caso do Distrito Federal. 2017. 247p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Brasília, 2017.

GURGEL, Ana Paula Campos. As metrópoles do interior e o interior das metrópoles. 2016. 313p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

GARCIA, Patricia Melasso. Pedagogias invisíveis do espaço escolar. 2016. 402p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

SIQUEIRA, Nayara Moreno de. A indisciplina que orienta. 2016. 280p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

ZECHIN, Patrick Di Almeida Vieira. Sobre a dimensão espacial da desigualdade social urbana. Um estudo sobre cinco cidades brasileiras. 2014. 378p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2014.

BRANDÃO, Vera Bonna. Brasília, a cidade patrimônio e sua escala residencial: preservar o quê? E por quê? 2013. 450p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

TENORIO, Gabriela. Ao desocupado em cima da ponte: Brasília, arquitetura e vida pública. 2012. 391p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2012.

CAVALCANTE, Antônio Paulo de Hollanda. A arquitetura da cidade e os transportes: o caso dos congestionamentos em Fortaleza – Ceará. Tese de doutorado em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2009.

FRANÇA, Franciney Carreiro de. A indisciplina que muda a arquitetura – a dinâmica do espaço doméstico no Distrito Federal. Tese de doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2008.

MELLO, Sandra Soares de. Na beira do rio tem uma cidade. Tese de doutorado em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2008.

RIBEIRO, Rômulo José da Costa. Qualidade de vida urbana. Proposta de análise sistêmica da configuração, socioeconomia e meio ambiente urbanos. Tese de doutorado, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2008.

MEDEIROS, Valério Augusto Soares de. Urbis Brasiliae. O Labirinto das Cidades Brasileiras. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2013 (baseado na tese de doutorado, de 2006).

CURADO, Raphael Sebba Daher Fleury. Capital espacial. O espaço como poder. 2022. 166 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2022.

FREIRE, Leonardo Neder de Faro. Entre traços, riscos e linhas no horizonte: efeitos e potenciais dos reassentamentos habitacionais em Rio Branco – Acre. 2021. 173 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2021.

PACHECO JÚNIOR, José Mário. *Território Paralelo*. 2020. 189 f. il. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade de Brasília, Brasília, 2020.

MADEIRA, Everton. Arquitetura em transformação: configuração urbana e verticalização residencial. 2018. 191 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2018.

OCARANZA PACHECO, Matías Enrique. Os limites da gentrificação na Vila Planalto. 2015. 218p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

RIBEIRO, Manuela Souza. Habitar, trabalhar, recrear e circular: possibilidades e limitações nas superquadras de Brasília. 2013. 221 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2013.

SANTOS, Sheilla Costa dos. A análise da transformação urbana do bairro Coroa do Meio mediante teoria da sintaxe espacial – Aracaju/SE. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2009.

DUARTE, Fernanda Regina Pereira. Nova Friburgo: um estudo sobre identidade urbanística. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2009.

CASTELO, Luís Filipe Montenegro. Fissuras urbanas. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2008.

PIRES, Camila de Carvalho. Potencialidades cicloviárias no Plano Piloto. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2008.

RODRIGUEZ, Milena B. N. A. A UnB e seu espaço social. 2007. 120 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

VASCONCELLOS, Rodrigo B. de H. A Sintaxe Espacial como Instrumento de Análise da Dualidade Mórfica de Palmas. 2006. 170 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2006)

BARROS, Ana Paula. B. G. Estudo exploratório da sintaxe espacial como ferramenta de alocação de tráfego. Dissertação de mestrado em Transportes, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília. Brasília: s.n., 2006. (Co-orientação.)

FRANÇA, Franciney Carreiro de. Meu quarto, meu mundo: configuração espacial e modo de vida em casas de Brasília. 2001. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Programa de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Brasília, Brasília, 2001.

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FILMES

SINOPSE

O Parque Ecológico das Garças é um parque público de Brasília à beira do lago Paranoá. Fica na ponta de uma península onde está situado o bairro Lago Norte, o quarto mais rico da cidade, numa posição paisagística excepcionalmente privilegiada, com vista para o Eixo Monumental através da lâmina d´água que banha o lado sudoeste da península. Na narração, apresento resultados de observação direta e de dezenas de entrevistas realizadas com frequentadores do Parque. Vejam quem o frequenta, o que fazem, o que pensam do Parque.
Esta é a versão 3, ampliada em cerca de 60% de duração com relação à primeira versão, e com uma tomada substituída com relação à versão 2.

SINOPSE

Gunter (Kohlsdorf), colega da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília desde 1974, e, mais que um companheiro de muitas labutas acadêmicas, um amigo-irmão com quem desenvolvemos uma forte relação de afeto, nos deixou à noitinha do dia 26 de julho de 2023. Gostava de ópera. E de plantas. Juntei as duas: filmei nosso jasmineiro em flor, que sobe a pérgola a cobrir nosso átrio, como no libreto da ária da ópera Lakmé, de Léo Delibes (1836-1891): “sob a abóbada, com o jasmim branco e rosas entrelaçadas”… A ária é “Dueto das Flores”, aqui interpretada por Simone Kermes e Vivica Genaux. A Gunter o filme é dedicado, in memoriam.

SINOPSE

O “Eixão do Lazer” é a festa semanal que reúne centenas de pessoas na principal via de Brasília, fechada ao tráfego veicular nos domingos e feriados. Hora de ver MUITA gente na cidade que alguns dizem “deserta”, e de, sem ter combinado, reencontrar amigos – que sempre os há por lá. É também o momento em que diversos coletivos interagem com a população em geral. Domingo passado, 2 de julho, a ocasião foi particularmente bonita, na esteira da celebração do Dia do Orgulho LGBTQIA+, comemorado em 28 de junho há 50 anos. Compartilhamos a alegria, com direito a tietagem, mas não conto de quem… Vejam e verão… Para a trilha sonora, Rita (Lee), uma das artistas mais censuradas nos anos de chumbo da ditadura militar, nos brinda com “Ovelha negra” e “Lança Perfume”; depois, é a vez de Gal (Costa) e Milton (Nascimento) com “Paula e Bebeto” – as três canções, mais que propícias à ocasião!…

SINOPSE

21.6.2023 = SOLSTÍCIO DE INVERNO = ANIVERSÁRIO DA CASA = 24 ANINHOS
Há 24 anos mudamos de um apartamento no Plano Piloto para cá: nossa casa-átrio, no bairro Grande Colorado, Sobradinho, Brasília, no dia 21 de junho de 1999, solstício de inverno. A luz milagrosa do Planalto Central nesta época, o límpido céu azul e o brilho do astro-rei a ressaltar as cores primárias corbusierianas, a decomposição volumétrica inspirada em Ronchamp, igualmente do mestre franco-suíço, as texturas barraganianas, o átrio das residências pré-Colombo de Teotihuacán, visitadas imediatamente antes da realização do projeto, a evocação do impluvium romano das casas de Pompeia na pequena fonte, o lindo presente de Petrônio Cunha ao conceber o painel de azulejos, no momento do ano em que ele recebe a luz máxima do sol, também a evocar os afrescos daquelas residências romanas, a intensificação da cociência facultada pela transparência do miolo da casa, os generosos espaços que já receberam até 50 amigos, as safras de mangas, jabuticabas, limas-da-pérsia, goiabas, laranjas-lima, abacates, bananas, limões, pitangas, acerolas… tudo isso tem contribuído para nossa felicidade nessas mais de duas décadas de usufruto da morada. Tenho feito anualmente um filme de aniversário, hoje não foi diferente.
Na trilha sonora, outra evocação, esta de Londres: em algum momento de que não me recordo com precisão entre 1976 e 1979, fomos ao Royal Festival Hall, eu e Rosa, acompanhados dos queridos Paulo Bicca e a saudosa Briane, e ouvimos esta sinfonia concertante para viola e violino de Wolfgang Amadeus Mozart. A beleza e a melancolia contida do segundo movimento, que aqui está para vocês, emocionou-nos às lágrimas. Acreditem: encontrei uma versão com os mesmos intérpretes que ouvimos na ocasião: o trio de gigantes Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman e Zubin Mehta, regendo a Israel Philharmonic.

SINOPSE

Novamente se confirma a lírica de Silvio Rodrigues, o grande compositor e cantor cubano: “la sorpresa casi cotidiana del atardecer”. Às vésperas de um novo retorno ao Planalto Central, fomos brindados com mais um deslumbrante pôr do sol na praia de Flecheiras, Trairi, CE, o correlato litorâneo do nosso pequeno paraíso no sítio Gangorra, atrás do colar de dunas. Destacaram-se desta vez o desenho das nuvens e o movimento das ondas da maré, nem muito alta, nem muito baixa: lambendo o trecho mais plano da praia, nesta parte com 200 metros de largura na maré baixa, as ondas criam uma fina lâmina sobre a areia, facultando variações nos reflexos do sol poente; e fazem cócegas nas pernas do tripé onde estava a máquina… De quebra, um calibris – pequenino pássaro – corre na areia. A planura implica a lenta velocidade das águas que sobem e descem: não, as tomadas não foram em câmera lenta, como pode parecer, e as cores não sofreram retoques à Photoshop – foram exatamente essas que se nos mostraram. No entanto, um alerta: este é um slow movie – entregue-se e deixe rolar…
TWILIGHT 3
Once again, the lyrics of Silvio Rodrigues, the great Cuban composer and singer, are confirmed: “la sorpresa casi cotidiana del atardecer” [the almost daily surprise of twilight]. On the eve of a new return to the Central Plateau, we were treated to yet another dazzling sunset at Flecheiras beach, Trairi, CE, the coastal counterpart of our little paradise at Sítio Gangorra, behind the dunes necklace. What stood out this time was the pattern of the clouds and the movement of the tidal waves, neither too high nor too low: lapping the flattest stretch of beach, in this part 200 meters wide at low tide, the waves create a thin blade on the sand, providing variations in the reflections of the setting sun; and they tickle the legs of the tripod where the camera was standing… And a bonus: a calibris – a tiny bird – runs in the sand. The flatness implies the slow speed of the ups and downs of the waters: no, they were not shot in slow motion, as it might seem, and the colors were not Photoshopped – these were exactly the ones that showed themselves to us. And yet, a warning: this is a slow movie – relax and let it run…

SINOPSE

Mundaú, Trairi, CE, 30 de maio de 2023.

SINOPSE

Estreando minha super lente. O filme foi feito quase todo na posição de teleobjetiva máxima: 600 mm (é uma lente Tamron zoom 150-600 mm, adaptada para minha Nikon Z6). A tele máxima confere a certas imagens um tom ligeiramente irreal, borrando o que está ao redor do ponto de foco, destacando-o quase a iludir cinema em três dimensões… Daí o título do filme: 600 mm. Acompanho os que têm números nos títulos: 8 ½, 50%, 1984…
Continuo apanhando nas tomadas da lua: para a qualidade ótima, é preciso uma conjunção de fatores nem sempre presentes, e a chance é de uma vez a cada mês – ainda não aconteceu. Isso inclui: o momento do nascer, relacionado ao equilíbrio ótimo da luz do astro versus a luz remanescente do céu na boquinha da noite (não pode estar claro demais nem escuro demais); a ausência de nuvens no horizonte, para revelá-la nítida e brilhante desde o momento em que surge. Carece também melhorar o enquadramento, a incluir o astro, o horizonte, o mar e a praia. Fico em dívida.
Na trilha sonora, busquei algo entre o grandioso e o melancólico: creio que os afetos estão aqui, no velho Ludwig (van Beethoven): segundo movimento, allegretto, da 7ª sinfonia, regida pelo gigante Leonard Bernstein, conduzindo a Wiener Philharmoniker.

SINOPSE

Ver por primeiro Baleia, a famosa cadela personagem de Graciliano Ramos (Vidas Secas), transformada em delicada – não! delicadíssima! – escultura, me causou enorme impacto: a força expressiva do animal quase descarnado, espichado a acentuar sua magreza e sua fragilidade (receamos tocá-lo), e sua incrível originalidade: o que poderia ter sido um realismo banal, ficou longe disso. Foi amor à primeira vista pelas peças do escultor pernambucano Marcos de Sertânia.
Arte ou artesanato? Marcado pela mídia como artesão, Marcos novamente cria problemas para essa dicotomia, projeção, no âmbito da escultura, de clivagens sociais: para se DINSTINGUIR da “plebe”, a elite seleciona a produção sobre a qual prega o selo de “bom gosto” (“arte”) – supostamente informado, erudito, consciente, universal – para antepor tal acervo àquele que é, no máximo, resultado de uma “intuição bruta” (“artesanato”) a carecer de lapidação pelo gosto da… elite. Às vezes, contudo, o sucesso avassalador de um criador rompe as comportas e a ele é concedido um passaporte para o clube dos “homens bons” – Luiz Gonzaga é um bom exemplo, ou mestre Vitalino, ou Safia, em Goiás, entre tantos outros.
Alguns anos atrás adquirimos uma peça de Marcos. Mas a bichinha estava tão solitária aqui na sala de nossa casa de Brasília!… Então buscamos mais três para lhe fazer companhia. Chegaram ontem. Montei um clip para apresentá-las. Pensei, inicialmente, em Luiz Gonzaga como trilha sonora, mas teria sido por demais óbvio, o que as esculturas não são; findei optando por João Sebastião – sim, o velho Bach de sempre – talvez uma forma de assinalar a intemporalidade das grandes obras de arte. Porque é isso que são as esculturas de Marcos. Aqui estão a iluminar nossa sala.

SINOPSE

Há muito queria registrar a paisagem fascinante do litoral de praias e dunas, algumas desnudas, outras cobertas por vegetação, entre a vila do Mundaú e a de Flecheiras, no litoral oeste cearense, município do Trairi. As vilas estão separadas por cerca de 14 km de uma paisagem quase intocada (uma Área de Preservação Ambiental – APA). A estrada serpenteia junto à praia, seguindo as curvas gentis da orla, mas mantendo uma relação cerimoniosa com a areia. No filme, chegamos ao Mundaú do interior, por trás do colar de dunas, seguimos para Flecheiras pela estrada costeira, e encerramos de volta ao Mundaú, mirando a embocadura do rio homônimo do alto das dunas, a pequena vila ao fundo, outra luz, outro momento.
A trilha sonora é o famoso Adagio para Cordas, de Samuel Barber: em lentas ondas, a melodia é correlata às suaves inflexões do percurso e às curvas do relevo, em geral tênues, excepcionalmente vigorosas. A interpretação do Adagio é de Leonard Bernstein, regendo a New York Philharmonic, mais lenta que outras interpretações correntes, o que faculta o aproveitamento de mais material filmado e melhor se adequa ao serpentear da estrada, captada em um travelling contínuo de cerca de 8 minutos de duração. Os longos silêncios que Bernstein aplica entre as frases musicais soem coincidir com transições na imagem: no percurso, mudanças no plano vertical (as pequenas elevações) ou no plano horizontal (as sutis curvas da estrada) implicam um jogo de ocultamento e revelação que estimula nossos sentidos.
E uma curiosidade do making-of: parece uma filmagem de drone em voo rasante, mas não é: filmei com meu iPhone 14, de uma estabilidade eletrônica de imagem impressionante, segurando-o com a mão direita, enquanto eu me agarrava ao carro com a esquerda, estando pendurado na janela direita, com o corpo quase todo para fora, enquanto nossa filha Joana dirigia a 40 km/h. À la Hitchcock, minha sombra aparece por breves segundos no asfalto, na minutagem de 5’47”.

SINOPSE

Acabou um pesadelo.
Depois de quatro anos governados pela escória da sociedade brasileira, renasce a esperança de um país soberano, inclusivo e solidário.
“Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente”
Estávamos entre os 200.000 presentes na Esplanada dos Ministérios, Brasília, entre as 12h e as 18h do dia primeiro de janeiro de 2023, e novamente aflorou a admiração por Mestre Lucio Costa diante daquele espaço sublime. Não, nada se compara à Brasília de Lucio entre os feitos da arquitetura das cidades na contemporaneidade!
O filme procura registrar a emoção que nos tomou naquelas horas, familiares e outras pessoas queridas com quem compartilhamos os inesquecíveis momentos. Ele é dedicado a Irene, nossa neta, filha de Pedro – filho – e Mariana – nora – que hoje, no dia deste lançamento, completa 19 anos de idade.

SINOPSE

Estrada Brasília-Pirenópolis (GO). Tempo chuvoso como sói acontecer em dezembro (2022). A cada trecho da estrada o céu se configura e reconfigura. Foi imprevisto, mas irresistível, parar de tempos em tempos no acostamento, registrar a intensidade mutante da luz, o deslumbre dos tons de cinza pincelados de anil… Dramaticidade correlata à toccata de João Sebastião – vocês sabem qual…
Esta versão da toccata, mais lenta que as usuais e com mais expressivos rubatos, é de Gert van Hoef, com o deslumbre adicional de um enorme tempo de reverberação do ambiente onde foi gravada, cerca de 5 segundos: o edifício gótico da Stephanuskerk, em Hasselt, Holanda, de 1380. Isso confere uma dramaticidade ainda maior à peça, o som a esvair-se lentamente a cada fermata…
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MAKING-OF
Entre os que faço, há filmes de que gosto, mas sem entusiasmo. Acho-os, digamos, “corretos” – ou nem isso… Em outros casos, o resultado me emociona. Este é um exemplo. O sentimento começou com a paisagem poderosa das planuras do bioma do cerrado, embora algumas atapetadas de soja, pontuadas aqui e ali por matas ciliares ao longo dos pequenos cursos d’água típicos da região.
Mas o que causou mesmo os afetos, além do relevo, foram o céu, a luz, as nuvens, cuja visão privilegiada é proporcionada em parte pelo próprio relevo, as vastas horizontais (não tão) descampinadas de João Cabral, de uma força inusitada. E o que pareceria, à primeira vista, banal, não era. Fiquei extasiado a cada trecho da estrada. Depois da primeira ou da segunda configuração mutante do céu, conversei com Rosa (minha mulher): ah, isso tem de ser registrado.
Saquei o celular mesmo, levaria muito tempo para tirar a máquina da bagagem, montar o circo com tripé a cada tomada, já entardecia, a luz mudava rapidamente. Não foi a primeira vez que este pequeno iPhone (o Mini 12) me surpreendeu. E a mãe natureza colaborou: novos trechos de estrada, novas configurações. O filme é composto de lentas panorâmicas captadas das paradas no acostamento (verão os bólidos a passar), exceto a última tomada, feita por Rosa: um travelling através do para-brisa, enquanto eu dirigia a 90 km por hora…
A “paisagem poderosa” puxou naturalmente a trilha: tinha de ser algo de força correlata. A escolha foi a primeira ideia que me veio à cabeça, não utilizada antes, talvez, para mim, a mais vigorosa, potente, calorosa, ousada, briosa, intensa, enérgica, comovente, contundente, veemente, radical, impetuosa peça musical que conheço – ai ai ai, adjetivos escasseiam ante a obra-prima do João Sebastião!…
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LOGO
E uma curiosidade quanto ao meu logo, que abre os filmes. A autora do logo é Cecília Jucá de Hollanda, minha madrasta, a designer dos meus livros. A trilha sonora do logo também é de João Sebastião, mas de forma especial. A composição do segundo movimento do Concerto de Brandenburgo n. 3 se perdeu. Algumas gravações simplesmente o ignoram e passam do primeiro para o terceiro movimento. Outras importam um movimento de outro concerto para preencher a lacuna. Há hipóteses sobre qual seria a partitura, nenhuma segura. Jasha Horenstein (de quem tenho a gravação integral dos concertos) adotou uma terceira solução, para alguns sábia, para outros polêmica. Não deixou um buraco; não importou um movimento inteiro alheio; apenas tomou uma frase musical avulsa de Bach, curtinha, tirada não me lembro de onde, e a utilizou apenas como um “elo” entre o primeiro e o terceiro movimentos. Adoro a solução – e a frase. Esse elo de 15’ é a trilha sonora do logo, de uma incompletude fascinante, algo como “esperem o que vem a seguir”…

SINOPSE

Nos jardins do Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, há deslumbrantes esculturas de Amílcar de Castro e Hélio Oiticica. No filme, passeamos entre elas, na visita em fizemos ao local em julho de 2022. O dia estava lindo, um típico, brilhante, momento do inverno brasiliense. Gratidão a Joana, nossa filha, pela sugestão da trilha sonora: de Marisa Rezende, “Ressonâncias”, interpretada ao piano por Miriam Ramos.

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Desenhos formados pela água, areia, ventos. A praia de Flecheiras, Trairi (CE), revisitada mais um vez.

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Celebração da VITÓRIA da Frente Ampla Democrática, liderada por Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Partido dos Trabalhadores, no segundo turno das eleições presidenciais, em 30.10.2022. Na trilha sonora, o maestro Joaquim França rege o Coletivo Consciente de Orquestra e Coro de Brasília, que interpretam a versão em português da antológica canção chilena “El pueblo unido jamás será vencido”, de Sergio Ortega e Grupo Quilapayún. O clipe foi feito pela Trupe do Filme, com captação e mix de som por Afrânio Pereira, gravado no auditório do Centro Cultural da ADUNB, Campus Darcy Ribeiro, Universidade de Brasília, Brasília, em 17.10.2022. Seleção de imagens do clip original fecham este filme. Crianças, eu estava lá!
Para as demais fotos e clips ilustrativos, selecionei alguns dentre os registrados por mim ao longo de 50 anos, tomados aqui em Brasília (com raras exceções) e incluí imagens de carreatas e caminhadas da campanha recente .

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Já fiz dois filmes sobre a nossa Casa da Gangorra, no longínquo distrito do Canaan, município do Trairi (CE), a 150 km de Fortaleza, litoral oeste cearense. Os clips anteriores estão no YouTube, no meu canal: “A arquitetura da luz” ( • A ARQUITETURA DA … ) e “Casa da Gangorra” ( • CASA DA GANGORRA . Mas desta vez experimentei um longo plano-sequência, que contribui para a percepção dos efeitos visuais mutantes ao deslocarmos nossos corpos. (Na gíria cinematográfica, “plano” é um trecho de filme que fica entre dois cortes; “plano-sequência” é um plano em que o enquadramento vai mudando, por deslocamentos internos de elementos capturados pelo plano, ou pelo movimento da câmera.)
Projetei e construímos a casa em 1989, ampliada posteriormente. Inspirada em atributos palladianos, na planta quadrada, na simetria da fachada leste, na varanda-pórtico proeminente. Influenciada por achados de Frank Svensson sobre a arquitetura popular praieira do Nordeste brasileiro: a “estrutura em pinhão” do telhado do miolo da casa, que surpreende os leigos “por parecer não ter apoio”. Incorpora preceitos de Armando de Holanda, do precioso livro “Roteiro para construir no Nordeste. Arquitetura como lugar ameno nos trópicos ensolarados”. Dele vêm amplos beirais, planos vazados a deixarem passar os ventos, paredes internas que não vão até o teto. Por outro lado, experimento os “capturadores solares”: jardins pergolados a criarem mutantes jogos de luz e sombra na sala, nos quartos e no banheiro – os desenhos variam nas horas do dia e nos meses do ano, a cada momento a casa tem um jogo de luz e sombra próprio.
O filme tem dois segmentos: no primeiro, a casa propriamente dita, no segundo, o pomar, formado por mangueiras, cajueiros, seriguelas, sapotis, coqueiros…
Como trilha sonora, para o primeiro segmento, o andante do Concerto para flauta, harpa e orquestra, dó maior, K. 299, de Wolfgang Amadeus Mozart; para o segundo segmento, o concerto para violino de Antonio Vivaldi, RV 298.

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O Sol: alvorada, na praia de Flecheiras, Trairi (CE).
Durante o dia, o astro-rei a iluminar nosso jardim, visto da rede na varanda de nossa casa no Canaan, Trairi (CE). Na região, a árvore do cedro é decídua: entre julho e as chuvas de janeiro está desnuda – a acácia amarela, que conversa com ela, está pudicamente enfolhada e florida…
A luz ao final do dia – pores do sol, alternadamente, em dois lugares, aqui pertinho, porque ambos deslumbrantes paisagens: a mesma praia e a embocadura do rio Mundaú.
Para acompanhar o segmento, por óbvio, de Caetano Veloso, “Luz do sol”, na voz cristalina de Gal Costa.
A Lua: acompanhada dia-a-dia, do quarto crescente à cheia, entre agosto e setembro. Seu nascer na mesma praia, e como a vemos entre galhos e folhagens, novamente, de nossa varanda.
Ao se pôr, estamos de volta ao Mundaú.
Na trilha sonora do segmento, igualmente por óbvio, “Clair de lune”, de Claude Debussy, pelas mãos de Nelson Freire (1944-2001), a quem o filme é dedicado (in memoriam).
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The Sun: dawn, on the beach of Flecheiras, Trairi (CE), Brazil.
During the day, the star lighting up our garden, seen from the hammock on the porch of our house in Canaan, Trairi (CE). In this region, the cedar tree is deciduous: between July and the January rains it is bare – the yellow acacia, which converses with it, is prudishly leafy and flowering…
The light at the end of the day – sunsets, alternately, in two places, close by, because both are stunning landscapes: the same beach and the estuary of the Mundaú River.
To accompany the segment, obviously, by Caetano Veloso, “Luz do sol” [Sunlight], in the crystal clear voice of Gal Costa.
The Moon: accompanied day by day, from the crescent to the full, between August and September. Its rise on the same beach, and how we see it among branches and foliage, again, from our veranda.
At moonset, we are back at Mundaú.
In the segment’s soundtrack, also obviously, “Clair de lune”, by Claude Debussy, by the hands of Nelson Freire (1944-2001), to whom the film is dedicated (in memoriam).

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Pirenópolis (GO), manhã cedinho de 25 de julho de 2022. A luz estava fascinante. Tendo filmado Pirenópolis muita vez, a tentação por mais um clip foi irresistível. Calhou que nossa filha Joana Holanda, ontem, me enviou um podcast sobre as Variações Goldberg (a n. 16 em particular), do João Sebastião – sim, o Bach. Destarte por Glenn Gould. Serviu como uma luva.

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Em 21 de junho de 2022 ocorreu a sessão de abertura do 13th International Space Syntax Symposium. A sessão foi uma homenagem ao saudoso mestre Bill Hillier, que perdemos em 2019 (este é o primeiro simpósio organizado depois que ele nos deixou). O congresso está a ocorrer em Bergen, Noruega, até o dia 24, é coordenado por Akkelies Van Ness, e sediado na Western Norway University of Applied Sciences (HVL). Seis ex-doutorandos de Bill expuseram sua visão da seminal contribuição do mestre para a Arquitetura (“A” maiúsculo, de disciplina), as Ciências Sociais, a Filosofia. A sessão foi organizada por John Peponis, Ruth Conroy Dalton, Sophia Psarra, Lara Vaughan e Akkelies Van Ness. Os convidados fomos a chilena Margarita Greene (que presidiu magnificamente a sessão), o chinês Tao Yang, o brasileiro Vinicius Netto, a inglesa Ruth Conroy Dalton, a grega Sophia Psarra, e eu – o Brasil duplamente representado… Foi uma belíssima ocasião, na qual os seis participantes, cada um à sua maneira, destacaram, nos 15 minutos disponíveis para cada, a contribuição científica e filosófica de Bill. Vocês têm neste clip a minha contribuição – o texto é o que apresentei, mas a maioria dos slides ilustrativos foram colocados depois.
A foto ilustrativa é de Silvio Cavalcante, tomada na linda Estocolmo antiga, por ocasião do 7th International Space Syntax Symposium, 2009. Após a chegada, flanando pela Cidade Velha, nos encontramos por acaso na “linha vermelha” da ilha (na gíria sintática, a rua topologicamente mais acessível do lugar, por isso a concentrar “naturalmente” um maior fluxo de pessoas, e favorecer encontros casuais – bingo!!!…). Na foto, da esquerda para a direita, Franciney França, Sandra Mello, Rosa de Lima, eu, e Bill.

(Link para o texto que apresentei na sessão: https://docs.google.com/document/d/1rJW42J7fQOr0smAnVD-WYrUI838zwSGM/edit )

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Contribuição de Frederico de Holanda à I JORNADA WLADIMIR MURTINHO, realizada no Palácio Itamaraty, Brasília, em 6 de junho de 2022.

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Uma residência na cidade satélite de Sobradinho, Brasília. Sob risco de parecer cabotino – viver é muito perigoso – o cineasta, o autor do projeto, e um dos moradores são a mesma pessoa: um exercício em autoanálise. O trabalho ilustra como a arquitetura incorpora – no sentido de dar corpo, matéria, concretude, e, por isso mesmo, refletir e reproduzir – formas de pensar, sentir e agir; a memória e os afetos que inspiram a casa; as relações com a história da arquitetura – pernambucana, brasileira, moderna, milenar; as circunstâncias particulares – localização, dimensões e forma do terreno, relevo, orientação, clima; técnica construtiva; mineral x vegetal; hábitos de morar – estilo de vida e as relações entre os moradores, e entre estes e os amigos, visitantes ou estranhos; volumes edificados e espaços – os cheios e os vazios, os sólidos e os vãos – com seus atributos essenciais: formas e dimensões, permeabilidades e barreiras, opacidade, transparência, translucidez, reflexos, luz e sombra, cores, ruído e silêncio, aromas, temperatura e umidade do ar, parado e em movimento… O esforço soma-se ao dos filmes correlatos disponíveis neste canal do YouTube, para despertar em leigos o gosto pela Arquitetura, e oferecer aos presentes e futuros colegas arquitetos certa visão teórica e prática da estimada ARTE DO ESPAÇO, com os desdobramentos facultados pelo olhar a um edifício específico: nossa morada.
Notas:
1. A residência foi premiada com u’a Menção Honrosa na III Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Brasília, Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal, 2001.
2. Os segmentos do filme podem ser acessados independentemente, clicando nos respectivos tempos de início assinalados no SUMÁRIO.

SINOPSE

Mundaú, ontem, 24 de outubro de 2021, sim, Planeta Terra, ainda. Compartilhando este presente que recebemos ontem, lá, ao vivo, a cores, ao vento, ao cheiro do mar, ao som das marolas, às risadas das crianças e ao tchibum dos mergulhos…

SINOPSE

Edifícios são recursos (“capitais”) que a gente mobiliza na vida cotidiana ou ocasional. O estudo foca um caso especial de capital edilício: prédios para o espaço doméstico. Tipos variados de domicílios são relacionados à sua inserção urbana (distância ao centro funcional da cidade) e à renda dos moradores. O segmento trabalha a ideia de que a configuração edilícia pode contradizer a “vocação do lugar”, por exemplo, a de que maiores centralidades atraem maiores poderes aquisitivos. Onze áreas de Brasília são estudadas; emerge a importância de outros tipos edilícios do espaço doméstico terem sido incorporados ao projeto original do Plano Piloto de Lucio Costa. O fascinante universo sonoro de Georg Philipp Telemann serve de comentário musical para quase todo o segmento (não me havia dado conta de sua riqueza rítmica e harmônica), exceto no Epílogo, no qual usei Antonio Vivaldi: Concerto n. 9, fá maior, RV284 (Largo), La stravaganza.

SINOPSE

O segmento é em duas partes – uma teórica, outra empírica. Na primeira, quatro gigantes – Bill Hillier, Julienne Hanson, Evaldo Coutinho e Milton Santos – inspiram uma breve ontologia da arquitetura: interiores e exteriores, fechados e abertos, fixos e fluxos; elementos-meio e elementos-fim; a natureza da interface; modos de agregação dos prédios. Na segunda parte, inicia-se a aplicação dos elementos da ontologia à realidade de Brasília, primeiro na escala do todo urbano, depois de algumas partes exemplares. A aplicação terá continuidade nos segmentos seguintes. Expõe-se a natureza do projeto em arquitetura e o argumento é ilustrado com uma proposta do autor para uma superquadra brasiliense. Na trilha sonora, Wolfgang Amadeus Mozart nos apoia com os concertos para piano n. 21, 27, 23, 12 e 8 (vários intérpretes); e, depois, Arcangelo Corelli, com seus concerti grossi.

SINOPSE

Relações entre teoria e história em arquitetura. Genótipo e fenótipo, inclusão e exclusão. A tensão cidade x anticidade nos últimos 200 anos. “Socialistas utópicos” que não eram socialistas, tampouco utópicos. A erosão do espaço público em duas vertentes: a dos grandes vazios e distâncias, e a das barreiras e guaritas. Uma definição excludente e uma inclusiva da arquitetura. Duas monumentalidades. O espaço da cidade moderna e a reação a ele: a produção das urbes que segue o curso milenar da urbanidade.

SINOPSE

Introdução à macroestrutura socioespacial. O capital social. Formações dos corpos dos sujeitos sociais no espaço e no tempo, dos pequenos aos grandes arranjos, dos homogêneos aos heterogêneos, dos rotineiros aos excepcionais. Na produção e usufruto do espaço de Brasília, duas batalhas perdidas e uma em curso. O “espaço de exceção” na perspectiva histórica milenar. Arquitetura e sociedade: sintaxe e semântica. Sintaxe: as implicações intrínsecas à fisicalidade dos fenômenos, supraespaciais e supratemporais; semântica: as implicações superpostas à fisicalidade dos fenômenos – históricas, convencionais, circunstanciais, culturais.

SINOPSE

Encenação de capitais como exercício de práticas humanas. As 3 macroestruturas sociais e os 7 tipos de capitais que constituem o modo de vida. Ombros de gigantes sobre os quais o trabalho se apoia: Daniel Dennett, Richard Sennett, Milton Santos, Henri Lefebvre, Karl Marx. Introdução aos capitais: econômico, político, ideológico e cultural.

SINOPSE

Contexto da pesquisa em que a apresentação se baseia. Principais autores concernentes ao ponto de partida: Pierre Bourdieu, Bill Hillier, Evaldo Coutinho, Brasilmar Nunes e Michael Benedikt. Arquitetura como Ciência Humana, mais particularmente como Ciência Social Aplicada. As duas faces da moeda: gente e lugares, vistos de uma maneira específica. Relações entre encontros, esquivanças e arquitetura. Vertentes das teorias em Arquitetura e uma predileção. Principais axiomas dos quais parte a teoria e a empiria predominantemente abordada.

SINOPSE

(Aula dada no contexto da disciplina colaborativa interinstitucional “As metrópoles e a ordem urbana brasileira: os desafios do direito à cidade”, oferecida remotamente no âmbito do Observatório das Metrópoles. Aula 7, com o tema “Mobilidade Urbana, Desigualdade e Direito à Cidade”.
Excepcionalmente aqui, este não é um filme meu, mas a gravação da aula e do debate subsequente feitos pelo Observatório. A exposição tem 2 horas de duração e o debate posterior 50 minutos.)

Sabe um desses momentos em que você resolve dar um balanço nas ideias?… A iniciativa do Observatório das Metrópoles, grupo brasileiro de pesquisa em rede ao qual orgulhosamente pertenço por meio do Núcleo Brasília-RIDE, de oferecer esta disciplina interinstitucional, foi, digamos, um dos efeitos colaterais da COVID: ela está sendo oferecida simultaneamente por 10 programas de pós-graduação brasileiros de várias áreas disciplinares, com alunos idem (são quase 250 matriculados). Aceitei o convite de Luiz César de Queiroz Ribeiro, sociólogo, coordenador geral do OM, do Rio de Janeiro, para oferecer uma das aulas do curso, simultaneamente com entusiasmo e com receio. Era uma baita responsa, falar para esses 250 alunos e mais um grupo interdisciplinar de pesquisadores de ponta no país. Mas era uma oportunidade honrosa e importante à qual não me podia furtar.

Sobre o formato da aula, pensei ao longo de semanas, desde que chegamos aqui na praia, para esta temporada. (Preparei a aula na nossa segunda residência, no Canaan, pequeno distrito do município do Trairi, no litoral oeste cearense, e de lá a transmiti, pois temos uma conexão suficiente.) Pensei em escrever um texto e lê-lo, mas seria muito chato e formal. Optei por improvisar, tendo por guia imagens, muitas imagens. Claro, no improviso, passam deslizes, erros de português, atos falhos, omissões ou repetições das quais a gente só se dá conta depois. P. ex., dos “gigantes” sobre “cujos ombros trabalho”, e que apresento no início da aula, menciono o que trago deles, e, distraído pelo comentário sobre o rótulo que escolho para Karl Marx, esqueci de dizer (logo aqui!…) que dele trago o conceito de “luta de classes como motor da história”. Devidamente informado, pois.

Desta vez, não é um trabalho de “divulgação científica”, como são os filmes que estão no meu canal do YouTube, pensados para um público amplo, leigo no assunto, “pero sin perder la seriedad, jamás”… É uma peça para um público especializado, e eu tinha de divulgar, no tempo que dispunha, as informações técnicas precisas que vimos obtendo nas pesquisas – haja gráficos, tabelas, números… Ao público leigo escaparão certos conceitos e variáveis, mas, no todo, creio que mesmo ele poderá usufruir a aula no que ela tem de essencial.

Verão que lido com conceitos transdisciplinares – “classe social”, por exemplo – mas procuro ao mesmo tempo comunicar uma visão disciplinar da questão urbana e metropolitana: o olhar da Arquitetura como campo de conhecimento – minha praia – e como o entendo.

Sigamos, nesta “distopia teocrática delirante”: no final da minha fala me permiti ser menos “científico” e mais “cordial” no sentido de Sérgio Buarque de Hollanda: falar com o coração, não com a cabeça… Também heterodoxamente, do ponto de vista mais tradicional dos acadêmicos, dei-me o direito de dizer umas piadinhas pelo meio, um grande risco, pois nunca fui bom contador de anedotas… Oxalá tenha sido um bom tempero antissisudez – vocês o dirão…

SINOPSE

Para descontrair num domingo de eleições, embora não seja o caso em Brasília, aliás onde não estamos, porém em nossa segunda residência no litoral do Nordeste, um clip rapidinho, 6′ 23″, a registrar a sequência visual do jardim da frente de nossa casa até a mais bela praia do mundo, isto é, Flecheiras, Trairi, CE, planeta Terra, e captar os fascinantes efeitos mutantes do percurso, nas panorâmicas, nas quais o plano se fecha em pormenores e se abre novamente em grande angular ao longo do movimento da câmera, usando o recurso do zoom, e nos “travellings”, ou, em português, “carros”, na gíria cinematográfica, quando nos movemos com a máquina ao longo de um eixo, para frente, para trás, de lado etc., ela, a câmera, normalmente fixa em nossa mão, ou no tripé, que não foi o caso, pois foi “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” mesmo, carros que, no deslocamento, revelavam o por vezes insuspeitado, depois de uma curva do caminho, ou de muros laterais que terminam, ou o calçamento de pedra que generosamente cede lugar ao quase infinito areal, seco com fina camada de grãos sobremoventes pelos alísios, ou úmido da maré anterior, a interromper-se à vez no azul do mar e do céu inconsútil, a cor da emoção, tudo embalado por – quem mais? – João Sebastião, de novo, destarte pelas mãos de Angela Hewitt ao piano solo, a nos brindar com o segundo movimento do Concerto Italiano.

SINOPSE

Vegetação como arquitetura, a configurar lugares. Forrações, arbustos, árvores, trepadeiras, cercas-vivas: no quintal, no átrio, no jardim dos quartos, pendurada na pérgola do banheiro, na parte externa cedida ao espaço público. Nosso Éden, privilégio de poucos nas atuais condições sanitárias. O lugar, nossa residência em Sobradinho, Brasília. Eis uma “promenade architecturale” ao estilo do mestre Le Corbusier: um passeio a mostrar a variação de ângulos visuais, luz, sombra, texturas, cores, mineral e vegetal – pois na “tese” do filme, vegetação também é arquitetura, além dos óbvios piso, paredes, teto, e planos opacos, translúcidos, ou transparentes. A fonte de inspiração é o conceito – e o neologismo – “topocepção”, de Maria Elaine Kohlsdorf (“topo” [lugar] + “ceptere” [apreender]), para referir efeitos visuais mutantes no percurso e sua capacidade de estimular nossos sentidos: nos bons casos, conferem ao lugar orientabilidade (não nos perdemos) e identidade (não os esquecemos).
Na trilha sonora, uma paixão de juventude: Joaquim Rodrigo e o adágio do Concerto de Aranjuez (1939). A memória (confiável?) me diz que ouvi o concerto por primeiro numa radiola portátil a céu aberto nas ruínas do claustro da igrejinha de Nazaré do Cabo (Santo Agostinho, Pernambuco), mais ou menos em 1965. Um trecho do claustro foi restaurado à perfeição por Delfim Fernandes Amorim, o saudoso mestre. Apenas sob a lua cheia, éramos quatro estudantes de arquitetura a fugir do carnaval. Mas o filme cresceu, cresceu, cresceu… O adágio foi pouco. Chamei primeiro Heitor Villa-Lobos: juntei um estudo (dos doze, de 1928) e um prelúdio (dos cinco, de 1940), ambos para violão solo. E para continuar nas cordas dedilhadas, convoquei Antonio Vivaldi (dizem que era padre, mas era bruxo): o largo do concerto para alaúde e o andante do concerto para dois bandolins.

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Quarentena tem dessas coisas: exploramos mais nossos dotes culinários.
Desta feita, doce da casca de limão siciliano, colhido aqui do quintal. Fiz em equipe com Luiz Carlos, usamos 4 limões – eles são ENORMES!… Os procedimentos estão nas legendas do filme. Veja a paciência necessária: no primeiro dia, colocamos de molho e renovamos a água a cada 3 horas, para tirar o amargor; ele dorme de molho; no segundo dia, fervemos e renovamos a água 3 vezes. Daí, reta final: colocar o açúcar, levar ao fogo brando e dar o ponto. Provecho!!!

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Há exatos 21 anos dormimos por primeiro em nosso refúgio serrano – a casa em Sobradinho, Brasília. Quis o acaso que o dia inaugural da morada fosse o do Solstício de Inverno no Hemisfério Sul – hoje, 21 de junho. A luz da ocasião ganhou em nossa memória um charme singular: sombras acentuadas, o Sol totalmente recostado para as bandas do Norte, o céu do Planalto Central a brilhar de um azul fulgurante.
Ano após ano assinalo o Solstício com um clip celebrativo, da meia-volta do Sol e do aniversário da residência. Mas desta vez é especial: a casa chega à maioridade.
Na trilha sonora, nossa filha Joana Holanda brinda-nos com uma peça para piano e sons eletrônicos: “Mosaic”, de João Pedro Oliveira (n. 1959), gravada ao vivo no Auditório Onofre Lopes, UFRN, Natal, em 2 de agosto de 2019. (Carece um bom sistema sonoro para melhor usufruir o fascinante universo tonal e tímbrico da peça de João Pedro.)
Faíscas e reflexos aproximam duas linguagens artísticas – Música e Pintura (na variante azulejaria); elas são captadas por uma terceira, a das “imagens sucessivas no tempo”* – Cinema; e têm como pano de fundo uma quarta – Arquitetura. Primeiro: tons, timbres, intensidades e ritmos da obra musical; segundo: cores e formas do painel de azulejos, concebido pelo querido amigo, arquiteto e designer Petrônio Cunha especialmente para o lugar; terceiro: o lume do Astro-Rei a dançar sobre o mosaico em traços e matizes cambiantes, da alvorada ao crepúsculo, em 11 horas de registro comprimidas em 10 minutos; quarto: planos e volumes, vazados ou não, opacos, transparentes ou translúcidos, a definirem espaços que abrigam nossos corpos e embasam nossos encontros e esquivanças.
E saliento mais uma feliz circunstância: a primeira e a última nota da peça
musical é o… Sol.
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* COUTINHO, Evaldo. A imagem autônoma. Ensaio de teoria do cinema. Recife: Editora Universitária, Universidade Federal de Pernambuco, 1972.
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(Nossa residência foi projetada por mim em 1998 e mudamos para cá em 21.6.1999. Ganhou u’a Menção Honrosa na III Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Brasília [2001], Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal.)

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Como é a vida de um casal de velhinhos em confinamento, quando habitam uma residência na cidade satélite de Sobradinho, Brasília? Demais, um jovem casal vive conosco e trabalha na lida diária. Já não se saía muito, salvo uma descida ocasional ao Plano (Piloto), para compras, diversões, trabalho (meu caso). Não mais – até quando? Compras: entrega em domicílio; diversões: leitura, música, filmes e séries na TV, redes sociais; esporte: bicicleta ergométrica; gastronomia: uma boa sobremesa de vez em quando; trabalho: remoto. Para fixar a vitamina D, quinze minutos diários de sol forte no gramado, privilégio de ter uma casa confortável num terreno de 1.200 m2. Na trilha sonora, fora o presto da abertura, Glenn Gould faz uma leitura lenta – não, lentíssima, o dobro do tempo usual – do segundo movimento da Sinfonia Pastoral de Ludwig van Beethoven, transcrita para piano solo por Franz Liszt: andamento e atmosfera correlatos ao ritmo da quarentena. Se há certa melancolia, a culpa não é minha, de Glenn, ou de Ludwig. Do outro lado dos brilhos e reflexos do regato beethoveniano monstros estão à espreita. Como a peste.
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(Nossa residência foi projetada por mim em 1998 e mudamos para cá em 1999. Ganhou uma Menção Honrosa na III Bienal de Arquitetura e Urbanismo de Brasília, Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento do Distrito Federal.)

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Lucio Costa assim conclui o texto de apresentação do Plano Piloto para a capital federal brasileira (1957): “BRASÍLIA, capital aérea e rodoviária; cidade parque. Sonho arqui-secular do Patriarca.” (o nome da cidade está grafado em maiúsculas no original). Sim, as onipresentes áreas ajardinadas com forrações, arbustos e árvores são um dos traços mais fortes da identidade de Brasília. Algumas espécies nos brindam com uma paleta de cores e formas particularmente expressivas, na variedade mutante da tonalidade das folhas ou das florações. A composição da vegetação pontua o verde dominante, cada momento do ano marcado por certa faixa da escala cromática: aqui o tempo tem cores. Este filme exemplifica o calendário tonal. E os tons – agora sonoros – das faixas musicais variam do “erudito” ao “popular” – rótulos, ah, os rótulos!… – (Johann Sebastian Bach a Bill Evans ou Charlie Haden), do estrangeiro ao brasileiro (Joseph Haydn a Villa-Lobos ou Villani-Côrtes), do instrumental ao cantado (Wolfgang Amadeus Mozart a Caetano Veloso). Em tempos sombrios, sons e cores alimentem nossa esperança (30.3.2020).

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Recebemos em nosso jardim visitas especiais para o café da manhã e para o banho matinal – a imagem ilustrativa dá um spoiler de quem são, não pude evitar…
Alerta: este é um SLOW MOVIE, não que filmei em câmera lenta, sim que não me vexei em encerrar cada plano, dada a beleza de seus movimentos internos, e algumas surpresas que só a paciência e a duração facultaram. A alguns de nós, acostumados com a direção de cinema tipo “descolamento de retina” – a câmera nervosa tremelicando de objeto em objeto e nossos olhos desesperadamente tentando segui-los – este filme de longos planos fixos causará paradoxalmente certa inquietação… (Veja a deliciosa sátira daquele tipo de direção agitada em “Greg News – Profissionais da saúde”; demais, uma excelente crônica do momento atual.)
Portanto a receita é: tire um tempo, relaxe e deixe correr, é um média-metragem de 31’18”. Não me afobei, não se afobe, pode ser prazeroso. Verá uma seleção de tomadas feitas por Luiz (a maioria – vejam os créditos) e por mim, procurando captar por horas, ao longo de três dias, o deleite de movimentos, cores e luzes fascinantes. Somos privilegiados – e a maioria de nossa bolha – por tempo de sobra em nossa quarentena.
Abro e fecho o filme com cenas do contexto: o jardim interno do terreno de nossa casa em Sobradinho, Brasília, ao contrário do último filme, “Vegetal e mineral”, que mostra o jardim externo (este aqui retoma brevemente temas de outro filme anterior, “Jardim”).
Na presente estação em Brasília o tempo pode mudar de repente – não darei outro spoiler do que aconteceu na filmagem…
Tampouco pude evitar, na duração dos planos, na montagem e na trilha sonora um tom melancólico, correlato à situação em que vivemos. Confesso: invejei a paz que as visitas desfrutam no café da manhã e no banho, alheias ao apocalipse que nos atinge mas não a elas – enquanto mudanças climáticas lhes não afetem em cheio… Todavia, estão sempre alertas contra predadores – pequenos gaviões e corujas desta freguesia (note divertido exemplo).

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Fascinante viagem à China, durante três semanas, em julho de 2019: Beijing, outras grandes cidades, cruzeiros em rios, arrozais tradicionais em zonas rurais..

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Padrões desenhados pela incidência da luz solar numa casa ao longo das horas do dia. Filmado em outubro-dezembro de 2019 na nossa segunda residência, a Casa da Gangorra, em Canaan, Trairi (CE), projetada por mim em 1989. Durante a filmagem perdemos Bill Hillier, querido professor e mentor, em 5.11.2019. O filme é dedicado à sua memória. Para a trilha sonora escolhi, de Philip Glass, que Bill apreciava, “Mad rush”. A peça é executada pelo próprio Glass ao piano, lançada no CD “Solo Piano” (por coincidência, no mesmo ano em que a casa foi construída, 1989).
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Patterns drawn by sunlight on a house along the hours of the day. Shot on October-December, 2019 at our second residence, the Gangorra House, in Canaan, Trairi (CE, Brazil), which I designed in 1989. During shooting we lost Bill Hillier, a dear teacher and mentor, on November 5th, 2019. The film is dedicated to him, in memoriam. For the soundtrack, I chose, from Philip Glass, who Bill appreciated, “Mad rush”. The piece is performed by Glass himself on the piano and was launched in the CD “Solo Piano” (by coincidence, the same year the house was built, 1989).

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Discurso de agradecimento de Frederico de Holanda, e fala da Magnifica Reitora da Universidade de Brasília, Profa. Márcia Abrahão Moura, por ocasião da outorga do título de Prof. Emérito da Universidade de Brasília, em 2 de julho de 2019.

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Filme curto em planos longos… Relaxe, deixe rolar, dura somente 12’47”…
Está no ritmo da luz mutante ao entardecer numa embocadura de rio, águas diversas a se chocarem na maré alta. Filmado no Mundaú, CE, em 20.01.2019, cuja beleza renovada a cada visita faz jus a Silvio Rodríguez… Para acompanhar, por que não Mahler?…

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Brasília de muitas faces: deslumbrantes palácios e outros edifícios excepcionais, e banais produtos da especulação imobiliária; bucólicas “superquadras” residenciais do Plano Piloto de Lucio Costa e charme pré-moderno de uma vila novecentista; segregação e homogeneidade física e social de conjuntos de habitação popular, e fascinante diversidade arquitetônica e humana de um bairro no coração metropolitano; riqueza das mansões, pobreza dos barracos, e o que está pelo meio; presença e ausência nos lugares públicos – jardins, calçadas, ruas, orla lacustre – dia e noite, nos dias úteis e fora deles, no trabalho e no lazer; eventos excepcionais a reunirem milhares de pessoas nos espaços monumentais. O filme é um olhar sobre a cidade que me acolheu 46 anos atrás.

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Casa da Gangorra. Projeto e construção: 1989. Arquiteto: Frederico de Holanda. Localização: Distrito de Canaan, Município de Trairi, CE, Brasil. A casa fica num sítio a 12 km da praia de Flecheiras, CE. As redondezas das praias são mostradas, inclusive a barra do rio Mundaú.

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No solstício de verão (21.12), o astro-rei faz desenhos caprichosos na nossa sala. O comentário musical é de Vivaldi (op. 1, n. 12, trecho, por Sonerie). A técnica é “fotografias por intervalos”: fotos tiradas de 2 em 2 segundos, reunidas num filme de cerca de 50″.

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Quem me dera eu estivesse entre eles… Filmei numa tarde e numa manhã, nas praias de Flecheiras e Guagiru (CE) – esta última tem uma escola de kite-surf, dá pra notar, nesta terra privilegiada pelos generosos alísios. Para acompanhar, que tal Piotr Ilitch?…

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Este filme é dedicado à memória de CHRISTINA JUCÁ. Para onde fosse, Chris levava o Nordeste na alma – redes na varanda, coqueiros, jangadas, praia e alísios a relembram. O comentário musical é de Tim Maia (letra da canção abaixo).

O VENTO E AS CANÇÕES
De: Sérgio Sá / Wally Salomão
Por Tim Maia

Vou refazer minha vida
Reabrir as janelas e chamar o sol
Vem queimar de luz meu dia
Descolando estas sombras
Presas nas paredes
Acendendo em mim o que já foi paz
Pra que eu possa entender as canções
Que o vento traz
Vou refazer minha vida
Reabrir o meu peito
E chamar o amor
Vem com sua sede e ternura
Recriar destas sombras
Uma alma nova
Só preserva em mim o que em mim já foi paz
Pra que eu possa aprender
As canções que o vento traz
O vento vai limpar minhas cortinas
Soprando o cheiro alegre de campinas
De rios cachoeiras e sertões
O vento aprende, ensina mil canções
O vento aprende e canta mil canções

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No cinema, em geral, parte-se de imagens e procura-se trilha sonora correlata à atmosfera fílmica. Kubrick é mestre nisso (e noutras coisas) – pense em “De olhos bem fechados” ou “Odisseia no espaço”.
Aqui, não. Gravei o prelúdio n. 20 em dó menor do meu xará Frédéric Chopin e fui atrás de imagens congruentes com aquela dramaticidade e melancolia, à vez.
A noite em Brasília – onde mais? Contudo, a “noite americana”.
Vimos o filme de Selton Mello “O filme de minha vida”, que remete ao clássico norte-americano “Rio Vermelho” (Howard Hawks, 1948) – o último está cheio de “noites americanas”: filmar de dia, parecendo noite (película especial, filtros, exposição – mas, no computador, é moleza). François Truffaut faz bela homenagem à técnica em “La nuit américaine” (1973).
A expressão carrega, hoje, divertida ambiguidade.
Porém aqui, no final…

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Um dia Luiz Amorim referiu o átrio de nossa casa em Sobradinho, Brasília, como “mensageiro do tempo”. Na filmagem do átrio foi utilizado o recurso “fotografias em intervalos” da câmera Nikon D750. Foram registradas 12 horas, à razão de 1 quadro a cada 3 segundos. O conjunto é reproduzido à razão de 60 quadros por segundo. As 12 horas, comprimidas em 4’30”, facultam observar a passagem do tempo: o sol a desenhar-se em pisos e paredes, as nuvens, aqui e acolá, a encobrir sua luz… E “fantasminhas” como resquícios da vida rotineira da casa. Realizado em 15 e 16.12.2015, este vídeo é dedicado a Luiz Amorim.

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Joana Holanda interpreta Contrastes, de Marisa Rezende, ao piano. Gravado em Sobradinho, Brasília, em 6.12.2015 (piano Yamaha C2). Fotografia e montagem de Frederico de Holanda.

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Gente é a primeira parte da “Trilogia do Mundaú”, mas lançada em terceiro lugar, depois de Crepúsculo e Paisagem (links também nesta página). Filmada na Vila de Mundáu, município do Trairi (CE). Vida cotidiana nos finais da tarde no espaço público, inclusive varandas na frente das casas, onde se tece rendas, fabrica-se ou ajeita-se redes de pesca, joga-se conversa fora, simplesmente olha-se a paisagem…

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Tomadas a partir de um lindo passeio de barco pela embocadura do rio Mundaú, com vistas fascinantes. Ou assim creio…

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Num mundo dolorido – aqui, na África, na França, na Palestina, planeta afora – oxalá esses seis minutos ajudem a gente a tocar o barco. Que não sejam uma metáfora dos tempos. Pelo contrário. Filmado em 16.11.2015, na Barra do rio Mundaú, município do Trairi, CE.

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Fotos e vídeos tomados no Instituto Inhotim, Brumadinho (MG), por Frederico de Holanda e Rosa de Lima Cunha, em 22 e 23 de maio de 2015.

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Vídeo realizado a partir de imagens da aquarela Viva a Vida!, de Guita Charifker (1993), de nosso acervo.

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Conheçam este lugar paradisíaco, no litoral norte do Ceará.

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O Prelúdio n. 4 de Frédéric Chopin, em mi menor, interpretado por Frederico de Holanda, tendo por imagens, à guisa de contraste com a profunda melancolia da peça, flores em abril, Brasília, Brasil.

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Partilho um vídeo que fiz sobre nossa casa em Sobradinho, Brasília, que projetei em 1998 e onde moramos desde 1999. Contém fotos minhas (exceto uma, indicada) tomadas ao longo dos últimos quinze anos. Há uma trilha sonora de Erik Satie – Trois Gymnopédies – que interpreto ao piano de nossa sala (um Yamaha C2). Incluo outros sons ouvidos na residência: pássaros, o cantar do galo no nosso quintal ao amanhecer, trovoadas e o ruído da chuva a desabar no átrio, miolo da casa…

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Sítio Gangorra, Canaan, Trairi, CE, dezembro-janeiro 2012-2013. Gansos banhando-se, espreguiçando-se, fazendo a sesta…

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